A importância de se realizar o “corpo a corpo” em uma campanha eleitoral

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Neste texto, vamos nos aprofundar na discussão sobre como o candidato a um cargo eletivo pode se comunicar com o eleitorado da melhor forma.

Em nosso site, já temos um artigo explicando melhor sobre a teoria por trás dessas relações e sobre como o político deve proceder diante de uma disputa em grandes ou pequenos centros eleitorais. Clique aqui para saber mais!

Ao final deste, você entenderá melhor sobre o que é uma campanha “corpo a corpo” e quais as melhores técnicas para se utilizar no momento de realizá-la.

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O que é uma campanha “corpo a corpo” e por que utilizá-la

Numa campanha eleitoral, o candidato a um cargo eletivo deve saber utilizar as melhores técnicas para conseguir levar suas ideias ao eleitorado. É preciso que haja uma estratégia no momento de organizar as demandas da campanha, para que não falte tempo e recursos para realizar os eventos da candidatura em questão.

Nesse sentido, é importante que o político saiba como proceder de acordo com as especificidades da região que está concorrendo.

Em pequenos centros eleitorais, por haver um número de eleitores reduzido, o candidato precisa de menos tempo para se comunicar com toda a população. Assim, ele pode se aproximar mais de seus eleitores.

Nesse momento, é possível que o candidato vá as ruas e realize uma campanha mais efetiva, interagindo intensamente com os votantes. Dentro disso, o político pode discursar pessoalmente, gerando um efeito muito maior do que um discurso de televisão. Além disso, também é possível ouvir o eleitor, o que para a população tem uma grande importância, pois esta sente que seus problemas estão recebendo a devida atenção.

Ao realizar esse tipo de campanha, o candidato está realizando um contato de alta intensidade, que recebe esse nome por conta de o político se dispor a ir pessoalmente a algum evento ou encontro.

Em grandes centros eleitorais, esse contato “corpo a corpo” é impedido parcialmente por conta do tamanho do eleitorado. No caso de uma disputa por um cargo eletivo em alguma grande cidade, estado, ou até federação, o candidato não tem como ir às ruas para conversar com o povo, pois isso implica que o político só vai se comunicar com uma parcela ínfima do eleitorado. O mais comum nessas situações é que o político e sua equipe de marketing procure formas de comunicação de massa, como propagandas em rádio e TV.

Nesses casos, os contatos de alta intensidade só vão ocorrer quando o candidato precisar do apoio de algum agente em específico para a campanha, como financiadores ou cabos eleitorais de importância reconhecida.

Além dessa eficiência comprovada em manter boas relações com a população e com pessoas importantes para garantir o sucesso eleitoral, o “corpo a corpo” ainda pode gerar fatos e matérias para a imprensa. Quando a mídia tem uma opinião positiva sobre uma candidatura, a conquista de eleitores se torna ainda mais fácil!

Vemos então que o “corpo a corpo” é uma ótima ferramenta de se conseguir votos para a candidatura de um político, independente da região em que este esteja disposto a concorrer.

Como realizar o contato “corpo a corpo”

No momento de se encontrar com algum segmento da população é importante que o candidato preste atenção em alguns fatores.

Primeiro de tudo, não é possível falar com todos os integrantes de um grupo. Dessa forma, procure por um líder (quando houver) ou alguma figura de liderança para o segmento. A razão dessa seletividade é:

  • Quando a conversa ocorre com essa liderança ou referência do grupo como um todo, o segmento em questão vai sentir-se representado durante a conversa com o candidato;
  • O político pode ouvir as ideias do segmento a partir de alguém que sabe dos principais desafios enfrentados pela classe, o que valida ainda mais a discussão;
  • Ao conversar com uma pessoa fica mais fácil estabelecer uma comunicação eficiente do que conversando com várias pessoas ao mesmo tempo.

Além disso, haverá segmentos em específico, como alguns sindicatos, que mantem uma comunicação intensa entre seus membros. Seja através de uma mídia interna ou reuniões, esses grupos costumam multiplicar os votos caso estejam de acordo com uma candidatura.

Nesses casos, é importante que o candidato deixe uma boa impressão. Evite desperdiçar tempo fugindo do planejamento estratégico, mas também não dê tão pouca atenção de forma que o segmento não simpatize com a sua candidatura.

Visitas rápidas ou apressadas, em que o único objetivo é ser visto e não há tempo de conversar e discutir problemas de forma que surjam soluções, podem deixar uma péssima impressão.

Passagens longas e cansativas também não costumam ter um efeito positivo na opinião do povo, elas deixam uma imagem de que o candidato está perdido ou não é muito solicitado durante a campanha.

A forma como o candidato se comporta nesses momentos é de extrema importância.

Cumprimente todas as pessoas, converse naturalmente, olhando nos olhos, e saiba o momento certo para dizer “preciso da sua ajuda!”. Essa frase é a melhor forma de expressar a sua necessidade de apoio popular. Evite pedir votos! Quando o candidato pede a ajuda ou apoio de um eleitor ele se aproxima mais da população gerando uma impressão ainda mais positiva de si próprio.

Erros de comportamento, nesses momentos, podem ser graves, pois da mesma forma que uma boa impressão multiplica votos a favor da sua candidatura, as más impressões podem diminuir drasticamente a sua popularidade entre a população. Para evitar esses erros algumas advertências são necessárias:

  • Antes de algum encontro é importante que o candidato conheça tudo sobre o evento e tenha um material ou alguém que o informe sobre o que está ocorrendo. Dessa forma, você pode evitar alguma situação constrangedora;
  • Vista-se adequadamente ao momento. Caso o candidato vista-se de forma muito extravagante pode parecer antipático para algumas pessoas. Caso se vista de forma muito simplória, pode aparentar que vê o evento como algo sem importância;
  • Saiba o que se espera do candidato. Esteja preparado caso haja necessidade de discursar em público ou encontrar algum contato de importância;
  • Lembre-se daqueles de que você não pode deixar de cumprimentar, agradecer ou mencionar;
  • Saiba se a mídia vai cobrir o evento e busque por formas de gerar uma boa impressão, mas sem exageros;
  • Conheça e utilize o melhor trajeto para o evento, assim você pode evitar desperdício de tempo e eventuais problemas.
  • Cuidado para não fazer pequenas desconsiderações. Até políticos experientes se complicam por conta de desconsiderações envolvendo a si mesmo e sua equipe para com os eleitores e apoiadores.

Mesmo sem intenção, algumas vezes surgem problemas que podem comprometer relações importantes para o candidato. Essas adversidades comumente aparecem por conflitos de tempo e agenda. Compromissos combinados que são alterados unilateralmente pelo candidato são a acusa mais frequente desses pequenos conflitos.

Lembre-se de planejar tudo da forma mais eficiente possível. Caso surja algum problema, comunique aos envolvidos de forma que não cause uma má impressão.

  • Adote o grau de formalidade que a situação pede. Nem tão rígido e nem tão íntimo: mostre-se simpático, atencioso, e solicito a conversar sobre qualquer tema político. Nunca mostre pressa ou olhe para o relógio! Cabe aos assessores a função antipática de puxar o candidato sinalizando que este precisa circular e encontrar-se com todos para cumprir a agenda. 
  • Cumprimente a todos. Procure cumprimentar o máximo de pessoas possíveis, não apenas aqueles que vierem ao encontro do candidato, mas também aqueles que estiverem trabalhando no ambiente. Cumprimentar a todos deixa uma boa impressão e evita que o político precise criar grupos de pessoas em todos os momentos que quiser falar.
  • Defina um horário de chegada e saída. Procure definir o período que você vai ficar em um possível evento ou encontro. Evite passar a impressão de que você não tem compromissos ou que não deu atenção suficiente para o acontecimento.
  • Use sua família no “corpo a corpo”. Membros da família, sobretudo o companheiro ou companheira do candidato, podem substitui-lo no momento de realizar um contato de alta intensidade. Parentes são reconhecidamente próximos do político a ponto de passar uma imagem de que tudo que for conversado com eles será dito também ao candidato. Eles são os únicos que podem fazer o pedido “ eu preciso da sua ajuda” no lugar do candidato.

Além disso, os filhos e sobrinhos podem ser úteis no momento de conquistar votos em diferentes faixas etárias, uma vez que possuem facilidade de conversar com jovens e podem chegar a conquistar o apoio de amigos.

Dicas bônus para você realizar uma boa campanha “porta a porta”

Dentre todas as formas de contato de alta intensidade, o “porta a porta”, que consiste em o candidato visitar a casa da alguma pessoa para uma conversa particular, é a mais eficiente no ponto de vista de conquistar resultados. Porém também é a mais cansativa.

Em uma campanha de um grande centro eleitoral, esse contato pode não ser muito bem utilizado devido a inviabilidade de um presidente, por exemplo, ir à casa de todos seus importantes apoiadores.

Entretanto, nas eleições para deputados, vereadores ou prefeitos de pequenas cidades, o “porta a porta” pode vir a ser muito útil quando bem feito. Para alguns candidatos a esses cargos de legisladores, muitas vezes esse tipo de contato será sua maior arma e, considerando sua eficácia, juntamente ao seu efeito multiplicador de votos, é possível entender o porquê de ela ser tão muito utilizada.

Nesse sentido, cada político, juntamente a sua equipe eleitoral, fica responsável por analisar o tamanho do eleitorado e planejar suas ações. Lembre-se que, quanto mais reduzido o tamanho da população de votantes, mais fácil fica de realizar esse contato na porta dos eleitores. Crie estratégias que permitam que o candidato realize o “porta a porta” sem comprometer suas outras obrigações.

Para finalizar, vamos listas alguns pontos importantes para que o candidato preste atenção durante sua a ida às ruas:

  • Caso o candidato esteja concorrendo à prefeitura de uma pequena cidade, peça a sua assessoria para planejar um trajeto de visita a algum bairro que o político precise garantir mais votos;
  • Sempre se lembre de produzir um material informativo sobre os problemas do local. Dessa forma, o candidato pode evitar eventuais situações constrangedoras, além de mostrar para os moradores e trabalhadores da região que o bairro está nos planos de governo;
  • Vá as casas, não fique esperando, procure pelas pessoas para realizar uma conversa rápida;
  • Durante a circulação nas ruas leve sempre um material informativo sobre a sua campanha, como santinhos contendo o número do candidato e do partido;
  • Evite entrar nas casas das pessoas, procure falar na porta. Caso entre na casa de alguém em especial todos vão começar a chamá-lo, o que pode atrasar os planos da visita.

Tem alguma dúvida?

Caso tenha ficado alguma dúvida, nos pergunte nos comentários abaixo. A equipe do Instituto Opus, especializada em pesquisas eleitorais, ficará feliz em ajudá-lo!

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