Critério Brasil

Critério de Classificação Econômica Brasil
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O Critério de Classificação Econômica Brasil, CCEB ou apenas Critério Brasil é um padrão de classificação socioeconômica, realizada com base nos domicílios. Consiste em uma maneira de medir o poder de compra da população. Assim, é possível segmentar os indivíduos em classes.

O parâmetro leva em conta aspectos como estrutura física da residência, bens de consumo e escolaridade do chefe da família. Nessa divisão, o aspecto econômico é o que possui maior peso.

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Quem desenvolveu o Critério Brasil

Critério Brasil Logo

O Critério Brasil foi desenvolvido pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) com base no indicador de segmentação econômica, criado pela Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) no final da década de 60. Esse indicador já era uma forma de dividir a população, em classes econômicas, a partir da avaliação do poder de compra de grupos de indivíduos com características parecidas.

A ABEP, é a instituição responsável pelo seu controle e por sua atualização. Desde 2003 já foram lançadas 10 versões do Critério Brasil, que incorporam as mudanças na sociedade, avanços tecnológicos e hábitos de consumo.

Para que serve o Critério Brasil

Classificação Economica

A padronização realizada pelo Critério Brasil, serve como base para pesquisas de opinião pública ou de mercado.

Dentro o universo das pesquisas de mercado, é sempre desejável trabalhar com o público alvo do seu produto ou serviço. Se a sua empresa tem foco B2C, os parâmetros calculados para as classes sociais facilitam a estratificação dos respondentes.

Classificação socioeconômica X Faixa Salarial

O Critério Brasil e o Critério por Faixa Salarial, são os critérios mais utilizados para a classificação da população brasileira.

Para o Critério Brasil, são avaliadas certas características dos domicílios, como a existência e a quantidade de determinados bens, juntamente com a escolaridade do chefe de família.

Já o Critério por Faixa Salarial, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se restringe numa classificação baseada em faixas de salários mínimos.

O Critério Brasil possui uma precisão mais apurada para definição de classe social. Embora a renda seja um fator determinante para a classificação, o que se faz com dinheiro é muito mais preciso.

Por exemplo, um casal com 3 filhos e renda familiar mensal de R$ 7.000,00 geralmente leva uma vida mais simples do que um casal sem filhos com renda de R$ 5.000,00. Ou uma família com alta taxa de poupança contra uma família com a mesma renda mas que vive no cheque especial.

Como calcular o Critério Brasil

O Critério Brasil é calculado com base em alguns atributos presentes nos domicílios. Para isso é montado um sistema de pontos. Também são fatores relevantes o acesso deste a serviços públicos e o nível de educação do responsável.

Base Critério Brasil

Para o grau de escolaridade do chefe de família também é atribuído um sistema de pontos da seguinte forma:

Escolaridade Critério Brasil

De acordo com a pontuação obtida, o domicílio será classificado em seis estratos socioeconômicos: A, B1, B2, C1, C2 e D-E.

Classes CCEB

Já o Critério por Faixa Salarial, a classificação é realizada apenas por meio do salário mínimo. Como pode ser visto na tabela a seguir, com base no ano de 2016.

Critério Faixa Salarial

O “Novo Critério Brasil”

Periodicamente, a ABEP realiza atualizações no Critério Brasil. A última grande alteração foi realizada pelos professores José Afonso Mazzon (FEA-USP) e Wagner Kamakura (Rice University), com o objetivo de medir melhor o consumo das famílias. Para isso, o atual critério substitui a renda declarada por variáveis indicadoras de renda permanente, com a utilização de dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

Devido a essa mudança, o critério passou a abranger informações de 62 mil domicílios avaliados pela POF. Esses domicílios são identificados como pertencentes a área urbana ou rural, e representam todas as áreas metropolitanas do Brasil.

Outras importantes mudanças trazidas por essa atualização, foi a alteração de algumas variáveis. Itens como televisão em cores, rádio e videocassete, foram retirados, enquanto microcomputador, lava-louças, micro-ondas, motocicleta e secadora de roupas, foram adicionados.

Além disso, houve a inclusão de outra categoria, que avalia o acesso a serviços públicos. Como pode ser observada na tabela a seguir:

Serviços Públicos

A classificação das categorias também sofreu alteração. A categoria “D-E”, é a junção de duas categorias anteriormente consideradas em separado, como categoria “D” e “E”. Essa junção teve como justificativa a grande semelhança entre essas categorias e a grande dificuldade de se mensurar “E” separadamente.

Critérios de classificação socioeconômica em outros países

Há diversos critérios de classificação com natureza socioeconômica, utilizados em outros países. Esses critérios também utilizam dados provenientes da população.

No Chile, por exemplo, é utilizado o “Novos Grupos Socioeconômicos”, também conhecidos como GSE. A entidade responsável pelo desenvolvimento da metodologia é Associação de Pesquisadores de Mercado do Chile (AIM).

Esses indicadores são uma forma de classificar a população chilena em classes sociais. Nessa classificação, a principal característica considerada é o nível de renda, sendo seguido por algumas características avaliadas nos domicílios chilenos, como número de pessoas que vivem numa mesma residência.

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