Como combater FakeNews contra um candidato ou político

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O primeiro passo para lidar com fakenews é entender qual perfil da desinformação, quem está falando e qual o alcance da notícia.

Existe as fake news institucionais, como os ataques às urnas, ao STF, mas também existe a desinformação altamente pessoal, de caráter moral, religioso.

Existe a desinformação tradicional, que acontece através de um link divulgado em um grupo de WhatsApp ou Facebook, mas agora existe a desinformação ao vivo, que acontece durante lives.

Existem também estratégias de desinformação elaboradas através da construção de verdades mal costuradas, entre elas as teorias da conspiração, que muitas vezes usam artigos científicos ultrapassados ou de baixo impacto, além de conectar de forma espúria fatos não relacionados.

Um exemplo é um caso Bolsonaro frequentando a Maçonaria. O vídeo é verdadeiro, não possui alterações que afetam o contexto do evento, mas busca construir uma mensagem negativa para o candidato, ao mesmo tempo que não há por parte de quem recebe o vídeo, uma vontade de entender o que ele representa.

Desfazer esse tipo de desinformação requer uma explicação muito bem construída e demanda tempo. Muito mais difícil do que dizer que 2 + 2 não é 5 e muitas vezes incompatível com a dinâmica de plataformas de vídeos, especialmente os curtos, como TikTok e Kwai.

Cada tipo de fakenews irá demandar uma estratégia diferente de comunicação, a ser avaliada caso a caso.

Estratégias para combater fakenews contra um candidato ou político

O grande desafio é como combater a desinformação sem amplificar o seu alcance.

O processo padrão quando uma pessoal politicamente exposta é vítima de desinfomação é o silêncio estratégico. 

Antes de desmentir uma FakeNews, é preciso conhecer o alcance, a reputação dos principais atores de disseminação, pois há o risco de, ao desmentir, o veículo estar sendo usado para amplificar uma narrativa falsa.

Para compreender o impacto, é importante utilizar algumas ferramentas:

  • Monitoramento digital
    • Em redes sociais, através de plataformas especializadas em social listening.
    • Em sites e blogs, através do Google Alertas
    • Na rede de busca, através do Google Trends
  • Pesquisas de opinião pública quantitativas e/ou qualitativas

Cuidado ao usar as informações que chegam a equipe do candidato como termômetro de força da FakeNews, pois sempre existe o viés do ouvinte, que tende a achar que determinado assunto é muito maior do que se verifica na prática.

Portanto, é fundamental olhar para a notícia e entender se o combate à desinformação não irá gerar mais danos que a desinformação em si.

Caso a ação seja pelo combate à desinformação, é importante não citar a notícia ou sua fonte. Jamais dizer fulano disse isso, beltrano falou aquilo.

Jamais use ironia no combate à desinformação.

O trabalho de combate à fakenews não pode ter como objetivo converter. É expor os fatos e dizer: “Aqui estão os dados, esses são os fatos e se quiser continuar acreditando nisso, você foi informado.”

E lembrar que quem combate as FakeNews não tem controle sobre as visões interpretações daquilo. Não se pode ter pretensão de mudar a cabeça de ninguém, por que isso não vai acontecer.

Finalmente, o trabalho de combate à desinfomação não pode ser pensando nos polos. A estratégia precisa ser direcionada para o centro, para aqueles eleitores que estão dispostos a ler, que ainda estão abertos a visões diferentes.

A melhor forma de combater Fakenews…

E novamente, sempre avalie o uso do silêncio estratégico. Esteja tranquilo em enterrar um conteúdo de desinformação. 

Silenciar diante de uma campanha de desinfomação muitas vezes é a melhor do que escrever ou se defender publicamente, já que muitas vezes o combate às FakeNews não chega a quem recebeu a notícia falsa.

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