Efeito Underdog

Efeito Underdog
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Popularmente conhecido como “azarão” ou “zebra”, o Efeito Underdog é a nossa tendência de criar uma identificação com pessoas em situação desfavorável.

Essa identificação com alguém em desvantagem, é muito abordada por histórias. Na maior parte das vezes, o herói da história é alguém que superou todas as dificuldades para realizar um ato grandioso. Isso é contado desde os tempos bíblicos. Davi, um jovem e humilde camponês, derrota o gigante Golias.

Os exemplos de Efeito Underdog, podem ser encontrados no esporte, no mercado corporativo e na política. São situações em que torcemos por um time de futebol, apenas por ele ser o mais fraco. Quando nos inspiramos em empreendedores determinados, ou votamos em políticos sem perspectiva de vitória.

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Sua origem do termo Underdog

O termo underdog, apareceu no século XIX, e tem relação com a luta de cães. Nessas lutas, o cão ganhador era chamado de topdog, enquanto que o perdedor, era conhecido como underdog.

Com o tempo, o termo passou a não servir apenas para classificar cães que perdiam lutas, mas para designar aquele que é considerado como o mais fraco do contexto.

O voto underdog

Alguns eleitores costumam votar no candidato com maiores chances de vitória, com o objetivo de não desperdiçar o seu voto, o chamado efeito bandwagon ou voto útil.

Indo na contramão do bandwgon, está o voto baseado no comportamento underdog. Direcionado ao candidato com menores perspectivas de ser eleito, muito devido ao “vou votar nele só por votar”.

Costuma ser uma estratégia adotada nas eleições municipais no Brasil. Principalmente para o cargo de vereador, muitos candidatos costumam indicar “vencedores antecipados”, como uma forma de pleitear votos para si.

Afinal, se o outro candidato já tem votos de sobra para se eleger, ele não precisa do seu voto. Esse é um típico discurso de candidato querendo voto underdog.

Torcer pela “zebra”

Grande parte dos torcedores de futebol, costuma apresentar o comportamento underdog. Torcem para a equipe menor, que possui grandes dificuldades financeiras e elenco limitado.

Essa preferência não se restringe aos clubes, mas também pode ser observada para os jogadores. Exemplo disso, é o ex-jogador Wendell Lira, que ganhou o Prêmio Puskas de gol mais bonito do ano, em 2015. Disputando o prêmio com grandes craques do futebol mundial, Wendell acabou vencendo a votação. O que contribuiu para essa vitória, foram as campanhas feitas por torcedores, que destacavam a origem simples do jogador e suas passagens por clubes pequenos.

Chegando ao topo do mundo business, vindo de baixo

O comportamento underdog, é muito abordado pela indústria cinematográfica.

Geralmente começa com uma pessoa pobre, subestimada por todos a sua volta. Mas com muita persistência, trabalho e esforço, essa pessoa monta um pequeno negócio, que aos poucos cresce, até se tornar um empreendimento de sucesso. Esse tipo de história costuma atrair o telespectador, atingindo grandes índices de audiência.

Mas longe de estar apenas na ficção, essas histórias existem na vida real e nem por isso são menos inspiradoras. Os atuais gigantes do mercado de tecnologia, como Microsoft, Apple e Google vieram de baixo. Para ser mais preciso, essas empresas vieram de garagens, tendo sido fundadas por adolescentes.

No Brasil, um bom exemplo é a história de Ricardo Nunes, o fundador da Ricardo Eletro. Ricardo começou com uma pequena loja no interior de Minas Gerais, e atualmente a sua empresa é uma das maiores redes de varejo do Brasil.

Outro exemplo brasileiro, é a história do empresário Flávio Augusto da Silva, fundador da Wise Up e proprietário do Orlando City. Depois de sair da periferia do Rio de Janeiro e sofrer vários fracassos, Flávio acabou se tornando um dos empresários mais bem sucedidos e admirados do mundo.

Essas empresas costumam destacar a sua origem, como a dificuldade enfrentada pelos seus fundadores. Tal estratégia costuma inspirar o público, ao mostrar que para chegar ao topo do mundo business, muitas vezes é preciso vir de baixo.

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